No dia em que a Lei Maria da Penha completou 17 anos de criação, a deputada Delegada Gleide Ângelo, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia, comandou a audiência pública “A importância da Marcha das Margaridas para o enfrentamento à violência de gênero em Pernambuco”, numa homenagem histórica ao maior movimento de mulheres da América Latina.
Participaram do evento a senadora Teresa Leitão (PT), o deputado federal Pedro Campos (PSB), os estaduais José Patriota (PSB) e Doriel Barros (PT) e as deputadas Dani Portela (PSOL) e Rosa Amorim (PT), também integrantes da Comissão da Mulher, além da prefeita de Lagoa do Carro e secretária da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE), Judite Botafogo. Adriana Nascimento, da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras de Pernambuco (Fetape), Maria Oliveira, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/PE), Carol Braga, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST/PE) e Jorgiane Araujo, da Central Única dos Trabalhadores (CUT/PE), representaram os movimentos populares que compõem a organização da Marcha das Margaridas em Pernambuco.
Apesar de três pastas terem sido convidadas para a audiência, as secretarias estaduais da Mulher, do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha e de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, o executivo pernambucano não enviou nenhum representante — ausência que foi sentida por todos os envolvidos. “Uma pena que, num momento coletivo e transversal como este, o Governo do Estado não tenha enviado ninguém. O dia de hoje é muito simbólico para a causa das mulheres, afinal, estamos falando de quase duas décadas da lei Maria da Penha, principal ferramenta de proteção à vida das mulheres e também saudando a força feminina através da Marcha das Margaridas que, em seus vinte anos de criação, obteve importantes conquistas para a validação das mulheres do campo”, ponderou a Delegada.
Ademais, foram levantadas questões como a urgência de ações para a conscientização e conquista de espaços públicos e políticos pelas mulheres, que permitam a real representação e debate de questões pertinentes aos interesses femininos. “Foi a primeira vez que o movimento popular de mulheres rurais teve o espaço que lhe é de direito em nossa Casa. Momentos como este devem ser cada vez mais promovidos, e com urgência, afinal, precisamos de união e escuta para que finalmente alcancemos o mundo justo e igualitário que queremos e trabalhamos. Não podemos morrer de fome, literal ou simbolicamente”, pontuou Gleide, numa alusão a famosa frase de Margarida Alves.
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Imagens — Americo Santos
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